A Razão das Flores...

Tentando responder a pergunta de um blog amigo "Por que você faz poema???" (Herculano Neto), devo admitir que trata-se de uma pergunta profunda demais. Posso dizer que me faz bem tentar descrever tudo o que me agita ou me tira do sério, tudo o que me encanta ou apaixona demais. Admito que não sei olhar o dia sem notar o brilho dos raios solares refletido nos olhares diversos, ou a palidez dos dias de chuva escorridos nas faces gerais. Admito que sou limitado e que consigo me expandir cada vez que escrevo.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Olhos de Tandera


Agora eu estou entre nós dois
eu e meu eu, olhos nos olhos
Entre aquele que enfrenta e o que pondera
me vendo perto e longe, olhos de Tandera
Agora eu estou no meio do termo
no fim do passeio, olhando a avenida
Estou a ponto de me jogar de vez na sua vida...

(Ramon Argolo)

De tudo o que há


De tudo que há em mim você é dona
eu que sou agora a pura felicidade
posto que és todo o mar e imensidão
teu olhar, claro astro magnético, minha lua,
para onde meu rio te persegue 
num desaguar abundante e sem fim
qual canino fiel que segue com o instinto do amor
guiado por essa luz refletida em tuas águas
e pelo cheiro da maré que te encontro paz
De tudo que há em mim, você, eu, o nós.


(Ramon Argolo)